Com uma vagarosa retomada da economia e investimentos represados por conta da incerteza no cenário eleitoral, o Brasil deve registrar este ano um aumento no número de empresas em recuperação judicial e o maior volume de falências em uma década.

Estimativas da Corporate Consulting apontam que, até dezembro, o número de empresas que recorrerão ao processo de recuperação judicial deve alcançar 1.282. Nesse sentido, o acumulado neste ano será maior do que os 1.195 casos de 2017.

Para os especialistas, a recuperação centralizada em poucos setores e o fraco consumo das famílias ilustram essa piora. Os analistas acreditam que a alta do dólar pode fazer com que essa situação continue em 2019.

Ao jornal O Globo, o diretor da Corporate Consulting, Luiz Alberto Paiva, afirma que a recuperação da economia ocorre em setores isolados, sendo que a maior parte ainda está em situação muito crítica. “Há mais empresas em recuperação judicial e elas não conseguem sair dessa situação, indo à falência”, explica, projetando para este ano 948 decretações de falência, o maior número registrado desde 2008.

Outro especialista pontua que o aumento do dólar gera preocupação e pode elevar ainda mais esses números, haja vista que a alta da moeda americana pode afetar o custo de insumos e dívidas, conforme o negócio.

Uma grande e eclética lista de empresas procuraram amparo da Justiça visando aprovar um programa de recuperação e, com isso, obter uma folga dos credores. No universo de empresas falidas, 34% do total são de companhias médias ou grandes. Esse é o maior percentual já registrado desde o início da série histórica, que tem segregação por porte desde 2005.

Fonte: JM Online

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